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INSS 2025: 5 principais aposentadorias e regras

Aposentadoria no Brasil passou por mudanças significativas após a reforma da Previdência de 2019, alterando regras para milhões de segurados do INSS. As novas normas exigem maior tempo de contribuição e estabelecem idades mínimas, impactando diretamente o planejamento de quem busca se aposentar.

Para trabalhadores próximos da aposentadoria antes da reforma, existem regras de transição que reduzem os efeitos das mudanças. Já para quem começou a contribuir após 2019, as exigências são mais rigorosas, com critérios específicos de idade e tempo de contribuição.

Este guia apresenta as cinco principais formas de aposentadoria no INSS, explicando requisitos, cálculos e estratégias para garantir um benefício justo. Prepare-se para entender como planejar sua aposentadoria com segurança e eficiência.

Saiba como a reforma da Previdência de 2019 impactou a aposentadoria no Brasil. Conheça as regras de transição e os critérios do INSS para se aposentar. Créditos: Jeanne Oliveira

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1. Aposentadoria por idade: a mais comum entre os segurados

A aposentadoria por idade é uma das opções mais acessíveis, especialmente para aqueles que não acumularam um longo tempo de contribuição. A reforma da Previdência trouxe alterações que exigem idade mínima para a concessão do benefício.

Idade mínima:

  • Homens: 65 anos
  • Mulheres: 62 anos

Tempo mínimo de contribuição:

  • 15 anos para ambos os sexos, se já contribuíam antes da reforma
  • 20 anos para homens que começaram a contribuir após 13 de novembro de 2019

Requisitos adicionais:

  • Cumprir a carência de 180 meses de contribuição

Essa modalidade é vantajosa para trabalhadores informais e aqueles que iniciaram suas contribuições mais tarde. A principal mudança imposta pela reforma foi a necessidade de atingir uma idade mínima, independentemente do tempo total de contribuição.

2. Aposentadoria por tempo de contribuição: extinta, mas ainda válida em casos específicos

A aposentadoria por tempo de contribuição foi praticamente extinta pela reforma, mas ainda pode ser acessada por segurados que já estavam próximos de cumprir os requisitos antes das novas regras, através de regras de transição.

Regras de transição:

  • Regra dos pontos: soma da idade e do tempo de contribuição
    • Homens: 101 pontos em 2024
    • Mulheres: 91 pontos em 2024
  • Regra da idade mínima progressiva:
    • Homens: 63 anos e 6 meses (em 2024)
    • Mulheres: 58 anos e 6 meses (em 2024)
  • Regra do pedágio de 50%: Para segurados que precisavam de menos de dois anos para se aposentar antes da reforma
  • Regra do pedágio de 100%: Exige o dobro do tempo restante para aposentadoria na data da reforma

Essas regras de transição foram criadas para garantir os direitos dos trabalhadores que contribuíam antes de 2019, permitindo que completassem os requisitos sem perder o benefício.

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3. Aposentadoria por idade rural: requisitos diferenciados para trabalhadores do campo

Os trabalhadores rurais contam com regras específicas, uma vez que suas atividades são consideradas mais desgastantes.

Idade mínima:

  • Homens: 60 anos
  • Mulheres: 55 anos

Tempo mínimo de atividade rural:

  • 15 anos comprovados

Diferentemente da aposentadoria urbana, o trabalhador rural pode comprovar o tempo de serviço sem a necessidade de contribuições diretas ao INSS, desde que apresente documentos como contratos de arrendamento, notas fiscais de produção e declarações sindicais.

4. Aposentadoria especial: benefício para quem trabalhou em condições insalubres

A aposentadoria especial é destinada a segurados que exerceram atividades expostos a agentes nocivos à saúde, como químicos, físicos e biológicos.

Tempo mínimo de exposição:

  • 15, 20 ou 25 anos, dependendo do nível de insalubridade

Idade mínima exigida após a reforma:

  • 55 anos para quem trabalhou 15 anos em atividade de alto risco
  • 58 anos para quem trabalhou 20 anos em atividade de risco moderado
  • 60 anos para quem trabalhou 25 anos em atividade de risco leve

Com a reforma, passou a ser necessário comprovar não apenas o tempo de exposição, mas também atingir uma idade mínima. O Perfil Profissiográfico Previdenciário (PPP) é essencial para garantir esse direito.

5. Aposentadoria por invalidez: concedida em casos de incapacidade total e permanente

A aposentadoria por invalidez, atualmente chamada de aposentadoria por incapacidade permanente, é concedida a segurados que não podem mais trabalhar devido a doenças ou acidentes.

Requisitos principais:

  • Incapacidade total e definitiva para o trabalho
  • Laudo médico pericial emitido pelo INSS

Tempo mínimo de contribuição:

  • 12 meses de carência (exceto para doenças graves previstas em lei)

A concessão desse benefício depende da avaliação médica feita pelo INSS, e o segurado pode ser convocado para reavaliações periódicas, especialmente se houver possibilidade de recuperação.

Mudanças no cálculo da aposentadoria após a reforma da Previdência

Antes da reforma, o valor da aposentadoria era calculado com base na média dos 80% maiores salários de contribuição. Atualmente, o cálculo considera todos os salários desde julho de 1994, o que pode resultar em uma redução significativa no valor do benefício para muitos segurados.

Além disso, o coeficiente de cálculo foi alterado:

  • O segurado recebe 60% da média salarial
  • São acrescidos 2% para cada ano de contribuição que exceder 15 anos para mulheres e 20 anos para homens

Isso implica que, para receber 100% da média salarial, uma mulher precisa contribuir por 35 anos e um homem por 40 anos.

Principais dúvidas sobre aposentadoria no INSS

Quem pode se aposentar por idade em 2024?

Mulheres com 62 anos e homens com 65 anos, desde que cumpram o tempo mínimo de contribuição.

É possível se aposentar apenas por tempo de contribuição?

Apenas para segurados que se enquadram nas regras de transição.

Quem trabalha exposto a agentes nocivos pode se aposentar antes?

Sim, pela aposentadoria especial, que exige comprovação de tempo de exposição e idade mínima.

A aposentadoria por invalidez é definitiva?

Não necessariamente. O INSS pode revisar o benefício e, em alguns casos, o segurado pode ser reabilitado para outra função.

As mudanças na reforma da Previdência afetaram significativamente as regras de aposentadoria no Brasil, tornando essencial o planejamento previdenciário. Conhecer os diferentes tipos de aposentadoria, as regras de transição e os novos cálculos pode auxiliar os trabalhadores a tomarem decisões mais informadas para garantir um benefício mais vantajoso.

Para aqueles que estão se aproximando da aposentadoria, é altamente recomendável buscar orientação especializada, a fim de avaliar qual regra se aplica ao seu caso e qual delas pode proporcionar o maior benefício financeiro.

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