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Dívidas do Simples Nacional precisam ser regularizadas até janeiro de 2025; confira o que fazer

Os microempreendedores individuais (MEIs) e pequenas empresas que operam sob o regime do Simples Nacional enfrentam um prazo crucial. Até 31 de janeiro de 2025, esses negócios têm a chance de regularizar suas pendências fiscais e evitar a exclusão desse sistema. Criado para simplificar a tributação, o Simples Nacional é vital para a competitividade das pequenas empresas no Brasil, mas demanda atenção às obrigações tributárias.

Recentemente, a Receita Federal identificou mais de 1,8 milhão de empresas com dívidas em aberto, sendo 1.121.419 MEIs e 754.915 micro e pequenas empresas. A falta de regularização pode resultar na exclusão automática do Simples Nacional, trazendo não só a perda de benefícios fiscais, mas também desafios operacionais significativos para os empresários.

Prazo crucial para MEIs e empresas: regularização no Simples Nacional evita perdas e desafios tributários. Créditos: Jeanne Oliveira

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O que é o Simples Nacional e sua importância

Instituído pela Lei Complementar nº 123/2006, o Simples Nacional tem como objetivo simplificar a tributação para micro e pequenas empresas. Este regime unifica tributos federais, estaduais e municipais em uma única guia de pagamento, conhecida como Documento de Arrecadação do Simples Nacional (DAS). Impostos como IRPJ, CSLL, PIS/Pasep, Cofins, IPI e ICMS estão incluídos nesse sistema.

A principal vantagem do Simples Nacional é a carga tributária reduzida, além de facilitar o acesso ao mercado formal. Negócios que mantêm a regularidade no regime podem participar de licitações públicas, acessar crédito em condições favoráveis e garantir maior previsibilidade financeira. Essas facilidades tornam o regime essencial para milhões de empreendedores brasileiros.

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Notificações e prazo para regularização

A Receita Federal começou a notificar empresas com pendências em novembro de 2024, utilizando o Domicílio Tributário Eletrônico do Simples Nacional (DTE-SN). As notificações incluem o Termo de Exclusão e relatórios detalhados das dívidas, oferecendo um prazo de 30 dias após a visualização para que as empresas regularizem sua situação.

Para muitos empreendedores, esse prazo é curto, já que implica renegociar dívidas que, muitas vezes, se acumulam há meses ou anos. Contudo, a regularização é o único caminho para evitar a exclusão, que só poderá ser revertida em janeiro de 2026, caso ocorra.

Dívidas que podem ser regularizadas

As pendências que podem ser regularizadas incluem diversas categorias, tais como:

  • Contribuições previdenciárias (INSS): essenciais para garantir benefícios como aposentadoria e auxílio-doença.
  • Impostos federais: IRPJ, CSLL, PIS/Pasep e Cofins.
  • Tributos estaduais e municipais: ICMS e ISS.

Essas dívidas podem ser quitadas à vista ou parceladas, com o governo oferecendo opções de renegociação que incluem descontos em juros e multas, além de parcelamentos que podem se estender até 133 vezes.

Como regularizar sua situação

As empresas com pendências podem utilizar três canais principais para regularização:

  • Portal do Simples Nacional: possibilita consulta de débitos e emissão de guias de pagamento.
  • e-CAC (Centro Virtual de Atendimento ao Contribuinte): oferece uma variedade de serviços, incluindo a regularização de pendências.
  • Portal Regularize (PGFN): disponibiliza opções de parcelamento e renegociação de dívidas.

O processo exige que o empreendedor analise o relatório de pendências, escolha a forma de pagamento e finalize a regularização dentro do prazo estabelecido.

Consequências da exclusão no dia a dia dos negócios

A exclusão do Simples Nacional gera efeitos imediatos e de longo prazo para os empreendimentos. Entre as principais consequências estão:

  • Aumento da carga tributária: as empresas passam a recolher tributos separadamente, com alíquotas frequentemente mais altas.
  • Maior complexidade tributária: o cumprimento das obrigações fiscais se torna mais burocrático e oneroso.
  • Perda de competitividade: empresas excluídas enfrentam dificuldades para participar de licitações e acessar crédito.

Além disso, a exclusão pode inviabilizar a operação de pequenos negócios que dependem do regime para sobreviver.

Benefícios previdenciários em risco

Manter o pagamento regular do Simples Nacional assegura benefícios previdenciários cruciais para microempreendedores. O MEI, por exemplo, contribui para o INSS por meio do DAS, garantindo acesso a:

  • Aposentadoria por idade ou invalidez: mediante cumprimento do período de carência.
  • Auxílio-doença: em casos de incapacidade temporária para o trabalho.
  • Salário-maternidade: disponível para mulheres em gestação ou adoção.
  • Pensão por morte e auxílio-reclusão: destinados aos dependentes em caso de falecimento ou prisão do contribuinte.

Para garantir esses direitos, é fundamental que as contribuições estejam em dia.

Histórico e evolução do Simples Nacional

Desde sua criação, o Simples Nacional passou por diversas atualizações para se adequar às necessidades dos empreendedores. Em 2018, houve a ampliação do limite de faturamento para MEIs e MPEs, permitindo que mais empresas se beneficiassem do regime. Também houve aprimoramento nas opções de parcelamento de dívidas, facilitando a regularização de empresas inadimplentes.

Apesar dessas melhorias, a inadimplência continua sendo um desafio. Em 2024, quase 30% dos MEIs apresentaram pendências tributárias, refletindo dificuldades econômicas e a falta de conhecimento sobre o regime.

Impactos sociais e econômicos do regime

Além das vantagens fiscais, o Simples Nacional desempenha um papel fundamental na inclusão econômica. Ele possibilita que empreendedores informais regularizem suas atividades, contribuindo para a geração de empregos e o fortalecimento da economia local. Em 2024, pequenas empresas representaram cerca de 70% dos novos postos de trabalho formais no Brasil, segundo dados do Ministério do Trabalho.

O regime facilita a formalização desses negócios, garantindo acesso a direitos trabalhistas e previdenciários. Manter a regularidade no Simples Nacional é uma forma de garantir a saúde financeira do negócio e sua contribuição para a economia.

Dicas para evitar a exclusão

Para se manter regular no Simples Nacional, é essencial:

  • Acompanhar as notificações no DTE-SN: verifique pendências regularmente.
  • Organizar o pagamento de tributos: elabore um calendário para evitar atrasos.
  • Buscar orientação contábil: contar com um profissional para gerenciar as obrigações fiscais.

A regularização não é apenas uma obrigação; é um investimento na sustentabilidade do negócio. Permanecer regularizado no Simples Nacional assegura acesso a benefícios indispensáveis, fortalece a competitividade e contribui para o crescimento do país. Não deixe para depois, cuide das suas pendências e assegure o futuro do seu empreendimento!

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