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Aposentadoria: 9 Revisões que Podem Garantir Aumento de Benefício

A revisão da aposentadoria pode corrigir erros e aumentar significativamente o valor do benefício recebido. Muitos segurados desconhecem essa possibilidade e acabam deixando de receber valores justos.

Existem diferentes tipos de revisão, desde falhas no cálculo até períodos de trabalho não reconhecidos. Esses ajustes podem resultar em pagamentos retroativos e um aumento mensal expressivo.

Entender as principais teses revisionais é essencial para garantir que o benefício esteja correto. Conhecer seus direitos pode fazer a diferença na sua segurança financeira.

Revisão da aposentadoria pode corrigir erros e aumentar seu benefício. Veja as principais teses que podem garantir esse direito. Créditos: Jeanne Oliveira

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1. Revisão da Vida Toda

A Revisão da Vida Toda permite que o segurado inclua no cálculo de sua aposentadoria todas as contribuições realizadas ao longo da vida laboral, inclusive aquelas anteriores a julho de 1994. Isso é especialmente vantajoso para quem teve salários mais altos antes dessa data e contribuições menores posteriormente. Para ter direito a essa revisão, é necessário que a aposentadoria tenha sido concedida antes de 13 de novembro de 2019 e que o segurado possua contribuições significativas anteriores a julho de 1994. Essa possibilidade pode resultar em um aumento considerável no benefício mensal.

2. Revisão do Buraco Negro

Destinada aos segurados que se aposentaram entre 5 de outubro de 1988 e 5 de abril de 1991, o período conhecido como buraco negro, essa revisão busca corrigir os valores de aposentadoria que foram prejudicados pela falta de correção adequada dos salários de contribuição durante esse intervalo. Os segurados afetados podem solicitar essa revisão para corrigir os valores e potencialmente aumentar o benefício.

3. Revisão dos Tetos

Em 1998 e 2003, os tetos previdenciários foram reajustados, mas nem todos os benefícios foram adequadamente ajustados a esses novos limites. A revisão dos tetos é indicada para segurados que tiveram o valor de sua aposentadoria limitado pelo teto previdenciário na época da concessão. Para ter direito a essa revisão, é necessário que o benefício tenha sido concedido até 31 de dezembro de 2003 e que a média salarial tenha sido limitada pelo teto vigente na época.

4. Revisão do Buraco Verde

Semelhante à revisão do buraco negro, a Revisão do Buraco Verde é destinada aos segurados que se aposentaram entre 5 de abril de 1991 e 31 de dezembro de 1993 ou a partir de 1º de março de 1994. Durante esses períodos, ocorreram alterações nas regras de cálculo dos benefícios, e muitos segurados foram prejudicados pela falta de correção adequada dos salários de contribuição. Essa revisão busca corrigir esses valores e pode resultar em aumentos significativos no benefício.

5. Revisão do IRSM

O Índice de Reajuste do Salário Mínimo (IRSM) de fevereiro de 1994 foi de 39,67%, mas esse índice não foi aplicado corretamente nos salários de contribuição utilizados no cálculo de muitos benefícios concedidos após essa data. A revisão do IRSM busca corrigir essa defasagem, sendo indicada para segurados que tiveram benefícios concedidos após fevereiro de 1994 e que possuam salários de contribuição anteriores a março de 1994.

6. Revisão da Súmula 260 do TFR

Destinada aos segurados que se aposentaram antes de 1988 e que tiveram seus benefícios reajustados de forma inadequada, a Súmula 260 do extinto Tribunal Federal de Recursos determina que o primeiro reajuste do benefício deve ser proporcional ao número de meses decorridos desde a concessão até a data do reajuste. Muitos segurados não tiveram esse reajuste aplicado corretamente, podendo solicitar a revisão para corrigir essa falha.

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7. Revisão do Artigo 58 do ADCT da CF/1988

A Constituição Federal de 1988 determinou, em seu artigo 58 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias (ADCT), a revisão dos benefícios concedidos até a data de sua promulgação, em 5 de outubro de 1988. Contudo, muitos segurados não tiveram essa revisão aplicada ou ela foi realizada de forma incorreta. A revisão do artigo 58 é destinada a esses segurados, visando corrigir eventuais falhas na aplicação dos reajustes determinados pela Constituição.

8. Revisão do Artigo 29, Inciso II, da Lei 8.213/91

Entre 17 de abril de 2002 e 19 de agosto de 2009, o INSS calculou erroneamente o valor de alguns benefícios por incapacidade, como auxílio-doença, aposentadoria por invalidez e pensão por morte. Nesses casos, o INSS utilizou a média de 100% dos salários de contribuição, quando a legislação determinava a média dos 80% maiores salários. A revisão do artigo 29, inciso II, busca corrigir essa falha, podendo resultar em aumentos no valor do benefício e no pagamento de valores retroativos.

9. Revisão por Erro de Fato

Esta revisão é aplicável quando há a constatação de um erro material na concessão do benefício, como a não inclusão de períodos de contribuição, vínculos empregatícios ou salários de contribuição que constam nos registros do segurado, mas que não foram considerados no cálculo da aposentadoria. Para solicitar essa revisão, é necessário apresentar documentos que comprovem o erro, como carteira de trabalho ou comprovantes de pagamento de contribuições.

Importância da Revisão de Aposentadorias

A revisão de aposentadorias é um processo crucial para garantir que os segurados recebam os valores justos que merecem, refletindo adequadamente seu histórico de contribuições e a legislação vigente. Compreender as opções disponíveis para a revisão pode impactar diretamente a qualidade de vida dos aposentados, uma vez que o aumento no benefício pode proporcionar maior segurança financeira e a possibilidade de atender às necessidades do dia a dia.

Processo de Solicitação das Revisões

Os segurados podem solicitar a revisão de aposentadorias tanto administrativamente, diretamente ao INSS, quanto por meio de ação judicial. O INSS, em alguns casos, realiza revisões automáticas, mas muitos segurados precisam recorrer à Justiça para garantir o direito ao benefício corrigido. É importante ressaltar que algumas dessas revisões não possuem prazo de decadência, permitindo que o segurado faça o pedido a qualquer momento, enquanto outras exigem que o pedido seja feito dentro de um prazo de até 10 anos após a concessão do benefício.

Para solicitar uma revisão, é recomendável que o segurado reúna toda a documentação necessária, incluindo comprovantes de contribuição, histórico de salários e quaisquer outros documentos que ajudem a comprovar o direito ao aumento do benefício. Além disso, contar com a ajuda de um advogado especializado em Direito Previdenciário pode facilitar o processo e aumentar as chances de sucesso na revisão.

Dados e Estatísticas sobre Aposentadorias no Brasil

O sistema previdenciário brasileiro tem enfrentado desafios significativos, especialmente com o aumento da expectativa de vida da população. De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a expectativa de vida no Brasil alcançou 76,8 anos em 2023, o que pressiona o sistema previdenciário a se adaptar a novas realidades. Com o aumento do número de aposentados, as revisões se tornam uma ferramenta essencial para garantir a sustentabilidade financeira dos beneficiários.

Além disso, a quantidade de aposentadorias concedidas pelo INSS tem aumentado. Em 2023, aproximadamente 1,8 milhão de aposentadorias foram concedidas, refletindo a necessidade urgente de que os segurados estejam cientes de seus direitos e possibilidades de revisão. A média de benefício concedido foi de R$ 1.792, mas muitos aposentados podem estar recebendo valores inferiores ao que realmente têm direito, devido a erros e omissões que podem ser corrigidos por meio das revisões mencionadas.

A relevância das revisões de aposentadoria é evidente, não apenas para corrigir valores, mas também para oferecer uma maior qualidade de vida aos aposentados, permitindo que eles possam viver com dignidade após anos de contribuição ao sistema previdenciário.

Os aposentados e segurados do INSS devem estar atentos a essas possibilidades de revisão, pois o conhecimento é um poder. Com a informação correta e a documentação adequada, é possível reivindicar um benefício mais justo e, assim, garantir um futuro mais seguro e tranquilo.

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