NotíciasINSS

Auxílio-doença INSS: Erros que levam ao indeferimento

O auxílio-doença é um benefício crucial para trabalhadores que enfrentam problemas de saúde e precisam se afastar temporariamente de suas atividades. Entretanto, muitos solicitantes enfrentam o indeferimento de seus pedidos junto ao Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Compreender os principais motivos que levam à negativa e como evitá-los pode aumentar consideravelmente as chances de aprovação.

A Previdência Social estabelece critérios rigorosos para a concessão do auxílio-doença. É necessário comprovar a incapacidade para o trabalho, estar em dia com as contribuições e atender às regras de segurado ativo. Qualquer inconsistência nesses aspectos pode resultar na negativa do benefício. Além disso, o pedido passa por uma avaliação criteriosa da perícia médica, que verifica se a condição de saúde realmente impede o desempenho das atividades profissionais.

As consequências de um pedido negado podem ser severas, tanto financeiramente quanto emocionalmente. Portanto, é fundamental estar atento aos requisitos e evitar os erros mais comuns que levam ao indeferimento. A seguir, destacamos as falhas mais frequentes e como preveni-las.

Entenda os principais motivos para o indeferimento do auxílio-doença e como evitá-los para garantir o benefício. Créditos: Jeanne Oliveira

Quer saber tudo sobre os benefícios do governo? Leia nossa categoria Cadastro Único!

Falta de comprovação da incapacidade laboral

A insuficiência na apresentação de documentos médicos é uma das principais razões para a negativa do auxílio-doença. O INSS exige laudos detalhados, exames e atestados que comprovem a incapacidade. Se não houver registros que demonstrem a gravidade da condição, a solicitação pode ser recusada.

Os laudos devem ser recentes e incluir informações completas, como o Código Internacional de Doenças (CID), o tempo de afastamento necessário e o tratamento recomendado. A falta desses detalhes pode ser interpretada como ausência de provas da incapacidade para o trabalho, resultando na negativa do benefício.

Perda da qualidade de segurado

Para manter a qualidade de segurado, é fundamental que o trabalhador esteja com suas contribuições regulares. Caso tenha deixado de contribuir e ultrapassado o período de graça, ele perde o direito ao auxílio-doença. É importante conhecer os prazos estabelecidos pelo INSS:

  • Para trabalhadores com vínculo formal, o período de graça pode ser de até 12 meses após a rescisão do contrato.
  • Se o segurado tiver mais de 120 contribuições, esse prazo pode se estender para até 36 meses.
  • Contribuintes facultativos mantêm a qualidade de segurado por até seis meses após a última contribuição.

Caso o trabalhador perca essa condição, ele precisará reiniciar as contribuições e, em muitos casos, cumprir um novo período de carência.

Quer saber tudo sobre os benefícios do governo? Leia nossa categoria Cadastro Único!

Carência insuficiente

O auxílio-doença requer um período mínimo de contribuição de 12 meses. O trabalhador deve ter realizado pelo menos 12 contribuições mensais ao INSS antes de solicitar o benefício. Algumas doenças graves, listadas pelo Ministério da Saúde e pela Previdência Social, são isentas dessa exigência.

Se o trabalhador não atender a essa carência, a solicitação será automaticamente negada. Além disso, em situações de perda da qualidade de segurado, será necessário cumprir novamente esse período ao voltar a contribuir.

Erro na documentação enviada ao INSS

Apresentar documentos incompletos ou preenchidos incorretamente é outro motivo frequente para a negativa do auxílio-doença. O INSS exige a entrega de todos os documentos médicos, além de informações pessoais e dados atualizados sobre o trabalho. Qualquer erro pode resultar na recusa do pedido.

Os documentos essenciais incluem:

  • Documento de identificação com foto (RG ou CNH).
  • CPF.
  • Carteira de trabalho e comprovantes de pagamento ao INSS.
  • Laudos médicos detalhados sobre a doença e o período de afastamento necessário.
  • Exames e relatórios médicos atualizados.
  • Declaração do empregador, se houver vínculo empregatício.

Qualquer ausência ou informação incompleta pode levar à negativa do benefício.

Problemas na perícia médica

A perícia médica é uma etapa crucial no processo de concessão do auxílio-doença. O perito avalia os documentos apresentados e pode solicitar exames complementares para determinar se a incapacidade justifica o afastamento do trabalho.

É comum que pedidos sejam negados porque o perito não considera que a doença incapacita o trabalhador. Nesses casos, o segurado pode contestar a decisão e recorrer administrativamente no próprio INSS ou buscar a Justiça.

Dicas para evitar a negativa do auxílio-doença

Para aumentar as chances de aprovação, o segurado pode seguir algumas recomendações práticas:

  • Reúna toda a documentação necessária: Laudos médicos e exames detalhados são essenciais.
  • Mantenha as contribuições em dia: Contribuições regulares são fundamentais para garantir a qualidade de segurado.
  • Solicite ajuda profissional: Um advogado previdenciário pode auxiliar na organização da documentação e na solicitação.
  • Preste atenção à perícia médica: Responda claramente às perguntas do perito e apresente todos os documentos que comprovem a incapacidade.
  • Fique atento aos prazos: Após uma negativa, é importante saber que existe um prazo para interpor recurso administrativo ou judicial.

Como recorrer em caso de indeferimento

Se o auxílio-doença for negado, o segurado pode recorrer administrativamente no INSS. O prazo para interpor o recurso é de 30 dias após a negativa. O recurso pode ser apresentado pelo site ou aplicativo Meu INSS.

Caso o recurso não seja aceito, o trabalhador pode ingressar com uma ação na Justiça Federal. Contar com a orientação de um advogado especializado pode ser essencial nesse processo, pois ele pode contestar a decisão do INSS e apresentar novos documentos que comprovem a necessidade do benefício.

Quando a Justiça pode ser a melhor alternativa

Em muitos casos, segurados recorrem à Justiça após a negativa do INSS. O Poder Judiciário frequentemente concede o benefício quando há provas suficientes da incapacidade para o trabalho. Apresentar toda a documentação médica e ter a orientação de um advogado previdenciário é fundamental.

A ação judicial pode ser a melhor alternativa em situações de negativa indevida. O juiz pode solicitar uma nova perícia médica e determinar a concessão do auxílio-doença caso entenda que o trabalhador realmente necessita do benefício.

Auxílio-doença e direitos do segurado

Além do auxílio-doença, o segurado pode solicitar outros benefícios previdenciários, dependendo de sua situação. Entre os principais benefícios oferecidos pelo INSS estão:

  • Aposentadoria por invalidez: Para casos em que a incapacidade é permanente e impede o retorno ao trabalho.
  • Auxílio-acidente: Concedido quando a doença ou lesão reduz a capacidade laboral, mas não impossibilita completamente o trabalho.
  • Salário-maternidade: Para seguradas que precisam se afastar do trabalho devido à maternidade.

Cada um desses benefícios possui requisitos específicos e pode ser solicitado conforme a necessidade do segurado. A informação adequada e a preparação cuidadosa podem fazer a diferença na conquista dos direitos previdenciários.

Artigos relacionados

Botão Voltar ao topo