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Como Solicitar o Auxílio-Doença do INSS Corretamente

O auxílio-doença segue sendo um dos pilares do INSS, garantindo os direitos do trabalhador que momentaneamente não pode atuar.

O auxílio-doença, oficialmente chamado de benefício por incapacidade temporária, garante apoio financeiro a trabalhadores que não podem exercer suas atividades devido a problemas de saúde. Concedido pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), esse benefício assegura uma fonte de renda durante o período de afastamento, permitindo que o segurado se recupere sem comprometer sua estabilidade financeira.

Para ter direito ao auxílio, é necessário atender a critérios específicos, como tempo mínimo de contribuição e comprovação da incapacidade. Nos últimos anos, mudanças nas regras e intensificação das revisões tornaram o processo de solicitação mais rigoroso, exigindo atenção redobrada dos beneficiários.

Vai solicitar o auxílio-doença? Então não perca as novidades do benefício. / Crédito: @jeanedeoliveirafotografia / direitodobrasileiro.com.br

Regra de solicitação do auxílio-doença mudou?

O processo de concessão do auxílio-doença passou por transformações significativas nos últimos anos, tornando-se mais ágil, mas também mais criterioso. O INSS implementou a análise documental como principal forma de avaliação, permitindo que segurados solicitem o benefício sem a necessidade de perícia presencial em muitos casos.

Com isso, o envio de atestados médicos e laudos detalhados se tornou indispensável para a aprovação do pedido. Essa mudança visa reduzir filas e acelerar o atendimento, mas exige que os documentos comprovem, de forma clara, a incapacidade temporária para o trabalho.

Além da análise documental, o INSS adotou tecnologias avançadas para cruzar informações e evitar concessões indevidas. A inteligência artificial tem sido utilizada para identificar inconsistências em atestados médicos e detectar possíveis fraudes. Esse monitoramento mais rigoroso resultou na suspensão de milhares de auxílios nos últimos anos, aumentando a necessidade de que segurados mantenham seus cadastros atualizados e apresentem documentação completa. Trabalhadores que não cumprem os requisitos podem ter o benefício negado ou cancelado, reforçando a importância de seguir todas as exigências do processo.

Outro ponto relevante é a continuidade do pente-fino nos benefícios por incapacidade. Em 2024, 52% dos auxílios-doença revisados foram cortados, e a expectativa para 2025 é ainda maior. O governo pretende revisar aposentadorias por invalidez e auxílios de longa duração, prevendo uma economia de até R$ 10 bilhões.

Segurados devem ficar atentos às convocações do INSS, que podem ocorrer por meio do aplicativo Meu INSS, extrato bancário, SMS ou editais publicados no Diário Oficial da União. Quem não responde às notificações pode ter o benefício suspenso.

Quem tem direito ao benefício?

  • Trabalhadores com carteira assinada, autônomos e MEIs que estejam contribuindo regularmente para o INSS.
  • Segurados que comprovem incapacidade temporária para o trabalho por mais de 15 dias.
  • Quem possui, no mínimo, 12 meses de contribuição, salvo em casos de doenças graves ou acidentes.
  • Beneficiários que apresentem documentação médica completa, com atestados detalhando diagnóstico e período de afastamento.

Como funciona o pagamento do benefício?

O valor do auxílio-doença é calculado com base na média dos salários de contribuição do segurado, respeitando o teto previdenciário. Em 2025, esse limite foi reajustado para R$ 8.157,41, enquanto o valor mínimo segue atrelado ao salário mínimo, que passou para R$ 1.518.

Para garantir uma distribuição justa, o INSS aplica uma fórmula que considera o tempo de contribuição e a média salarial do segurado ao longo dos anos. Dessa forma, cada trabalhador recebe um valor proporcional ao histórico de pagamentos realizados ao sistema previdenciário.

O benefício é depositado mensalmente na conta informada pelo segurado no momento da solicitação, podendo ser movimentado por meio do cartão do INSS ou diretamente na conta bancária cadastrada. Para trabalhadores com carteira assinada, os primeiros 15 dias de afastamento são pagos pela empresa, e apenas a partir do 16º dia o INSS assume a responsabilidade pelo pagamento. Já para autônomos e contribuintes individuais, o auxílio é pago integralmente pelo órgão previdenciário, desde que todas as contribuições estejam em dia.

Caso o afastamento se prolongue, o segurado pode solicitar a prorrogação do benefício antes do término do prazo estipulado pelo INSS. Esse pedido deve ser feito pelo aplicativo Meu INSS, garantindo a continuidade do pagamento enquanto durar a incapacidade. No entanto, a renovação passa por nova análise documental, podendo ser exigida perícia presencial para confirmar a necessidade de extensão do auxílio. Caso o pedido seja negado, o trabalhador pode recorrer administrativamente ou judicialmente.

Passo a passo de solicitação do auxílio-doença

  • Acesse o Meu INSS: O segurado deve entrar no site ou aplicativo Meu INSS e selecionar a opção Pedir Benefício por Incapacidade.
  • Preencha os dados: Informar CPF, tempo de afastamento e detalhes sobre a condição de saúde.
  • Envie a documentação: Anexar atestados médicos, laudos e exames que comprovem a incapacidade temporária.
  • Aguarde a análise: O INSS avalia os documentos e pode aprovar o benefício sem perícia ou solicitar exame presencial.
  • Receba a resposta: O resultado é disponibilizado no Meu INSS e, se aprovado, o pagamento inicia conforme o calendário do órgão.

O auxílio-doença continua sendo uma ferramenta essencial para trabalhadores afastados por problemas de saúde, mas as novas regras exigem mais atenção aos detalhes. Manter a documentação em dia e acompanhar as mudanças no sistema previdenciário são medidas indispensáveis para garantir o acesso ao benefício sem complicações.

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